Corpo de rainha em porte de menina, um sorriso entre a calma e a poesia. Sorriso terra e maresia, traz no alforge os ladrares do monte e a areia pintada da vista. No silêncio, escondido, a altivez pretendida, branda, benigna, terna e, sim, ligeiramente ferida. Fina, doce, mansa, nunca afiada. E o que debanda escondido é um pouquinho de medo de não ser tão amada. Nos braços, ferramentas, tesouros nos por dentros, entre véus, camadas e roupas de caminhadas. Tanto dado, pouco entendido. E a reserva dos ensinos, quieta, E menina, e calada... assim, de fugida, não magoa. Já sabe, o dado não é garantido, por isso nem tudo é assim jogado e quando o outro perde a prenda, desmerecido e amado. Protegida, num silêncio reservado. Um olhar atento, esperto, franco, uma mente tão alada. As mãos que tudo fazem, escondem também o reinado. Tudo dito com cuidado, tudo puro e bem pensado... e essas mãos, menina, porque escondem o reinado? E no entrever do sorriso, no "gosto de ti" sussurrado a força, não de menina, mas de mulher proclamada. E essas mãos que tanto fazem, porque escondem, rainha, porquê de menina tanto cuidado?
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