28.3.12

Tudo o que queria dizer

é que já são demasiadas as noites sozinhas. E que reconheço quem me faz, em vezes benzinho, e num gemido fininho, miar de gato pequeno para que ninguém ouça, embelezo demasiado quem pouco fez.
Que já devia saber que o sal e o sémen da mesma vez anunciam o fim de algo que nunca foi significado. E que me iludo com fugas, a justificar a insistência, a pensar que é medo, sabendo no íntimo que o que é, é, negando para bem de mim esse desinteresse descuidado.
O que ponho em cima da mesa talvez queira que pareça tremendo e mal-fadado, ou se, por bom que seja, traga portadora culpada, mas chega, parou desta ilusão que aguenta a vida, deste orgulho pequenino que comporta bem toda a recusa. O não não é das promessas é do que lhes é na verdade dado. O presente é recusado. E em pontos finais bastou a ilusão. O silêncio dos visados deveria chegar para saber que o fito não lhes chega ao coração. Ninguém se segura por mim. Nem o outro sentiu o que quero, espero que sinta.
Nesta terra que abandono, abandono e sinto... aqui já não há quem me pegue.
A passo largo, fujo, sigo, ando, para outro lado.

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