8.1.12

o passeio imperativo

Em que canto da prateleira arrumo a lasca de coração que sumiu, sem saber se foi ego ou paixão? Como simbolizo, manifesto, em que objecto, o beijo que afinal não aconteceu? A rua em tarde alta, o pedido tolo e encantador, o espanto e o medo com todo o meu dispor... 
Os patetinhas conquistam sempre um sorriso promissor. E um encosto... que delícia, que prometia bem a jeito uma rebolada e algum terror. Diz-me que comigo fica um cão... diz-me que ...ai...contigo... que impressão... tenho que fazer boa figura. Explico...não sou mestre, nem professor. A vontade fica. Fica também a forma como me chamou bonita. 
Encantador...
Como se pune um crime de amnésia... e depois do torpor, quem tem culpa, o ofendido ou o ofensor?

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