12.11.11

às vezes os arcanjos visitam em noites inesperadas

Foi bom rever-te. Relembrei utopias, voltei-me a sentir no meio dos meus desajustados, os excluídos, as minhas margens boas. Os imperfeitos tão perfeitos quanto eu.
Reencontrei esses desejos, as forças para o coração aberto.
Sei que ainda me dói, um bocadinho, sei que ainda vai doer. Sei também que vi o oito e os limites de um amor. Mas fiquei um pouco mais perto da cura.
E dizem que as dores servem para aprender. Hoje, de novo, trouxeste-me amor e a visão de estar mais perto do núcleo, cada dia mais perto de mim mesma, embora às vezes um pouco desencontrada,e esse sorriso que vem de dentro... lembrou-me... sexo é cura... abraço é cura... amor é cura... Porque viemos todos feridos, quebrados para aqui. Porque nenhum de nós chegou completo e isso é o que nos torna grandes. E um beijo na face pode iniciar um turbilhão e devolver corrente a um mundo inteiro.

Espalhem as brasas, percam as palavras, somos uns quantos e viemos para... curar!

1 comentário:

Anónimo disse...

jajaja. Maluka e puta são epitetos com que tens que viver. Travesti. Medo de perder a face, que implica perder em alternativa o interior. "Não, eu não preciso de cura, não estou doente". E que tal religião? Re-ligar. Uma religião de ervas daninhas (a erva selvagem que se descobre util, afinal não fazia dano, só estava à procura de estar viva).
"É preciso muito sexo para chegar ao anti-sexo" Sabes quem disse isso? Terá sido o william borroughs enquanto fazia tiro ao alvo na esposa? Ou outro escritor de ficção científica?
"Isto é um jogo, mas não é uma brincadeira". Sabes quem dizia isso? Uma "grande" amante minha, com quem quase não me enrolei.
"Nunca passes pelo oásis sem beber dele" dizia o Otto Gross no filme de ontém.
Um jovem sentado em frente ao mar, não entra pela possibilidade estatística (até alguma experiencia vivida) de se afogar. Um jovem em frente ao mar sentado, a caminhar para velho, olhos verdes que tanto desejo há tanto tempo e renuncio. porque....ora....porque tem medo.Há algum erro, não em sentir mas em dar reino ao medo, parece-me.
Beijocas