18.11.11

um poema que escreveram para mim (e tão lindo):

Carmo e a trindade

Palavra fácil, disparada ao alvo;
à outra palavra, pueril heresia.
Do alto da sua convicta idade
— ainda curta, mas já maturada —
afirma, segura, os juízos correctos.

Traz sempre o vocábulo afoito
para a estóica peleja ideal, plena
de correcta rebeldia, sem medo
dos cacos das convicções alheias;
quebradiças — de fraca arte.

Sem grilheta que a contenha
respira por um sorriso franco,
daqueles que não esconde
limão, laranja, ou manga
— por mais que queira.

Gonçalo Taipa Teixeira

Sem comentários: